Depressão

“Eu não sei se estou com depressão”

A depressão é um transtorno psiquiátrico comum, que se estima que acometa cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, sendo uma importante causa de incapacidade. Na população brasileira, ela pode atingir cerca de 5,8% da população entre todas as idades, mas sua frequência é um pouco maior em mulheres do que em homens.

Ela pode acometer indivíduos de todas as idades, mas sua frequência é um pouco maior em mulheres do que em homens.

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Apesar de hoje em dia se falar muito mais a respeito dos diagnósticos psiquiátricos, muitas vezes ainda recebo pacientes que dizem não saber ao certo se estão deprimidos ou se estão apenas tristes/ desanimados/ desmotivados. Muitas pessoas ainda confundem depressão com tristeza, porém a depressão é de conjunto que sintomas que pode incluir a tristeza ou o “humor deprimido”, como chamamos na psiquiatria, mas não necessariamente, e não é só isso.

É fundamental diferenciar uma tristeza transitória, causada por algum fator, como perda de alguém, separação, perda do emprego, etc, de uma depressão.

Na verdade na depressão, pessoa deprimida pode se sentir triste, mas ela também pode até não se sentir assim, mas notar que não tem mais interesse ou prazer nas coisas que costumava ter antes, o que chamamos de “anedonia”. Um desses sintomas (humor deprimido ou anedonia) deve ter estado presente na maior parte do tempo, nos últimos tempos (pelos critérios diagnósticos se considera um período de 14 dias).

Além desses sintomas, devem haver alguns outros associados, como:

  • Insônia ou sono em excesso,
  • Perda ou ganho de peso não intencional,
  • Agitação ou retardo psicomotor (lentificação),
  • Falta de energia ou fadiga,
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva,
  • Dificuldade de pensar, de se concentrar ou indecisão,
  • Pensamentos de morte que podem chegar a ideação e até planejamento suicida.

O quadro depressivo pode prejudicar os relacionamentos, o funcionamento no dia a dia, o desempenho profissional, além de trazer sofrimento. Fora isso, ele pode levar a um risco de suicídio.

O tratamento pode ser feito com psicoterapia, mudanças de estilo de vida e pode ser necessário o uso de medicação, é importante avaliar cada caso para um tratamento individualizado.

Caso você tenha dúvida se está deprimido(a), não deixe de pedir ajuda a um profissional qualificado.

Imagem Doutora Maria Antonia

Dra. Maria Antonia Simões Rego

Psiquiatra | CRM 135063
RQE 46406

Olá, eu sou a Maria Antônia, médica formada em 2008 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.

Logo em 2009, iniciei a minha Residência Médica em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital da FMUSP, na qual permaneci até 2012.

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